MEDIDAS E CAPACIDADES DE EQUIPAMENTOS E ACESSÓRIOS
Este canal possui medidas, que são habitualmente utilizadas pelos profissionais de logística, nos seus trabalhos do dia-a-dia, para cálculos, planejamentos, projeções, etc.
Poderá haver pequenas variações, de acordo com padrões de fabricantes.
Será constantemente abastecida com novos dados.
PESO BRUTO MÁXIMO AUTORIZADO PELO CONTRAN
De acordo com a legislação brasileira estes são os pesos brutos por tipo de caminhão.
Figura |
Tipo de Caminhão |
Peso Bruto máximo |
|
Toco |
16.000 kg |
|
Truck |
23.000 kg |
|
Carreta 2 eixos |
33.000 kg |
|
Carreta Baú |
41.500 kg |
|
Carreta 3 eixos |
41.500 kg |
|
Carreta Cavalo Truckado |
45.000 kg |
|
Carreta Cavalo Truckado Baú |
45.000 kg |
|
Bi-trem(Treminhão) - 7 eixos |
57.000 kg |
V.U.C. - VEÍCULO URBANO DE CARGA
Os V.U.C. tem largura máxima de 2,20 m e comprimento máximo de 5,50 m. A capacidade varia de 1,5 a 2 toneladas.
PLATAFORMA EM ARMAZÉNS E CD`s PARA CARREGAMENTO / DESCARREGAMENTO
Como variam as alturas dos caminhões, as plataformas de carregamento / descarregamento são em média na altura de 1,30 m.
CARROCERIAS
Medidas internas |
compr. |
larg. |
altura |
Carroceria tipo sider tamanho padrão |
7,650 |
2,460 |
3,000 |
Carroceria tipo sider semi reboque - tamanho externo 15,10 m |
14,860 |
2,510 |
3,000 |
Carroceria tipo baú para capacidade de 4.000 kg |
5,320 |
2,080 |
2,200 |
Carroceria tipo baú para capacidade de 6.000 kg |
7,320 |
2,480 |
2,630 |
Carroceria tipo baú semi reboque - tamanho externo 15,10 m |
14,940 |
2,480 |
2,730 |
MEDIDAS DE CONTÊINERES (em mm)
|
|
INTERNAS |
EXTERNAS |
Capac. |
Payload |
Tara |
||||
Pés |
Tipo |
Compr. |
Larg. |
Altura |
Compr. |
Larg. |
Altura |
M |
(Ton.) |
(Ton.) |
20 |
Dry van |
5.890 |
2.345 |
2.400 |
6.058 |
2.438 |
2.591 |
33,2 |
21,7/28,1 |
2,2 |
20 |
Bulk |
5.890 |
2.345 |
2.400 |
6.058 |
2.438 |
2.591 |
33,2 |
21,7/28,1 |
2,2 |
20 |
Ventilated |
5.890 |
2.345 |
2.400 |
6.058 |
2.438 |
2.591 |
33,2 |
21,7/28,1 |
2,2 |
20 |
Open top |
5.889 |
2.345 |
2.312 |
6.058 |
2.438 |
2.591 |
32,4 |
21,98 |
2 |
20 |
Reefer * |
5.450 |
2.260 |
2.247 |
6.058 |
2.438 |
2.591 |
27,7 |
24 |
3,4 |
20 |
Platform |
- |
- |
- |
6.060 |
2.440 |
- |
- |
21,9 |
3 |
40 |
Dry van |
12.015 |
2.345 |
2.362 |
12.192 |
2.438 |
2.591 |
66,8 |
26,65 |
3,96 |
40 |
Bulk |
12.015 |
2.345 |
2.362 |
12.192 |
2.438 |
2.591 |
66,8 |
26,65 |
3,96 |
40 |
Dry high cube |
12.015 |
2.345 |
2.690 |
12.192 |
2.438 |
2.900 |
76,0 |
26,2 |
4,2 |
40 |
Open top |
12.302 |
2.332 |
2.279 |
12.192 |
2.438 |
2.591 |
65,4 |
26,87 |
3,61 |
40 |
Reefer * |
11.550 |
2.270 |
2.200 |
12.192 |
2.438 |
2.591 |
57,8 |
30,5 |
4,75 |
40 |
Port Hole * |
11.550 |
2.270 |
2.200 |
12.192 |
2.438 |
2.591 |
57,8 |
30,5 |
4,75 |
40 |
Platform |
- |
- |
- |
12.190 |
2.440 |
- |
- |
40,8 |
6 |
40 |
Flat track |
12.066 |
2.263 |
2.134 |
12.192 |
12.192 |
2.591 |
- |
40,65 |
6,05 |
* Refrigerado.
Existe ainda o conteiner Tank, que fica fixo dentro de uma armação de metal, mas que tem medidas variadas, conforme a necessidade do cliente.
MEDIDAS DE PALETES
Local |
Medida |
Padrão |
América do Sul |
1.000 x 1.200 mm |
- |
América do Norte |
1.219 x 1.016 mm (48x40´) |
- |
América do Norte |
1.054,2 x 1.054,2 mm (42x42´) |
- |
Brasil |
1.000 x 1.200 mm * |
PBR1 |
Brasil |
1.050 x 1.250 mm * |
PBR2 |
Ásia |
1.100 x 1.100 mm |
JIS |
África |
1.000 x 1.200 mm |
- |
Europa |
1.200 x 800 mm |
Europallet |
Europa |
1.000 x 1.200 mm |
Europallet |
Europa |
1.140 x 1.140 mm |
Europallet |
* esta é padronizada, mas existem várias medidas no mercado, de acordo com a utilização desejada pelo cliente.
CAPACIDADE DE CARGA
Nos modais existentes, tem vários tipos de equipamentos para o transporte de cargas. Veja a capacidade arredondada de alguns deles:
Equipamento |
Capacidade de peso |
Vagão de trem |
100 toneladas |
Carreta rodoviária |
26 toneladas |
Barcaça fluvial |
1.500 toneladas |
AVIÃO DE CARGA
O novo avião de carga A380 da Airbus tem 79,8 m de envergadura; 24,1 m de altura; 73 m de comprimento; autonomia de 15.000 km; pode transportar mais de 150 t em 1.100 m³
VAGÃO GRANELEIRO DE TREM
No transporte ferroviário, cada vagão graneleiro tem em média estes números:
Peso bruto |
Tara |
Volume |
Lotação máxima |
130.000 kg |
26.500 kg |
134 m³ |
104.700 kg |
MEDIDAS DE ÁREAS
Abaixo algumas fórmulas para medidas de áreas:
Figura |
Fórmula |
onde |
Trapézio |
(B+b) x h / 2 |
B = base maior; b = base menor; h = altura |
Retângulo |
L x l |
L = lado maior; l = lado menor |
Quadrado |
L x L |
L = lados |
QUANTIDADE DE ÁGUA DE UM RESERVATÓRIO REDONDO
Para determinar o volume de água de um reservatório redondo, primeiramente é necessário medir o diâmetro e a profundidade média do mesmo.
O diâmetro é a medida exata de uma extremidade a outra no meio do reservatório (a maior distância entre as paredes).
Em seguida use a fórmula :
diâmetro na horizontal x diâmetro na vertical x profundidade média* x 0,785 = volume de água do reservatório em litros
1.000 litros = 1 m³
profundidade média = lado fundo + lado raso / 2
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CONVERSÕES
MEDIDAS
Milímetro (mm) |
Centímetro (cm) |
Metro |
Quilômetro |
Pés |
1.000 |
100 |
1 |
0,001 |
3,281 |
10.000 |
1.000 |
10 |
0,01 |
32,81 |
100.000 |
10.000 |
100 |
0,1 |
328,10 |
1.000.000 |
100.000 |
1.000 |
1 |
3.281,00 |
MASSAS - VOLUMES
1 kg (kilo) = 1.000 g (grama)
1 kg (kilo) = 2,2046 LB (libra)
1 LB (libra) = 0,4536 kg (kilo)
1 arroba = 14,688 kg (kilo)
1 t (tonelada) = 1.000 kg (kilo)
1 Onça = 28,349 g (grama)
1 US GAL (galão americano) = 0,83 IMP. GAL (galão imperial) = 3,79 l (litros)
1 l (litro) = 0,26 US GAL (galão americano) = 0,22 IMP. GAL (galão imperial)
1 US GAL (gas 100/130 octanas) = 2,65 kg = 5,84 LB
1 US GAL (querosene) = 3,07 kg = 6,76 LB
1 l (querosene) = 0,80 kg = 1,76 LB
1 US GAL (óleo lubrificante) = 3,4 kg = 7,50 LB
1 Barril de Petróleo = 159 litros
DISTÂNCIAS
|
Metro |
Pés |
Polegada |
Metro (m) |
1 |
3,281 |
39,37 |
Pés (FT) |
0,3048 |
1 |
12 |
Polegadas (POL) |
0,0254 |
0,0833 |
1 |
1 Jarda = 914 mm
1 Hectare = 10.000 m2
|
Quilômetro |
Milha Marítima |
Milha Terrestre |
Pés |
Quilômetro (km) |
1 |
0,5396 |
0,6214 |
3.281 |
Milha Marítima (NM) |
1,853 |
1 |
1,152 |
6.080 |
Milha Terrestre (ML) |
1,609 |
0,8684 |
1 |
5.280 |
MEDIDAS DE TEMPERATURA
Grau Centígrado ou Grau Celsius vezes 9/5 e mais 32 = Grau Fahrenheit
Grau Fahrenheit menos 32 e vezes 5/9 = Grau Centígrado
Grau Centígrado vezes 0,8 = Grau Réaumur
CONVERSÃO DE MILÍMETROS PARA POLEGADAS
Milímetros |
Polegadas |
0,397 |
1/64 0,0156 |
FATOR DE CÁLCULO DE TORQUES (FORÇA)
|
Unidade de Medição |
Unidade Conhecida |
= N.cm |
= N.m |
= kgf.cm |
= kgf.m |
= Lbf.pol |
= Lbf.pé |
N.cm |
1 |
0.01 |
0.10197 |
0.00102 |
0.0885 |
0.00738 |
N.m |
100 |
1 |
10.197 |
0.10197 |
8.851 |
0.7376 |
kgf.cm |
9.807 |
0:09807 |
1 |
0.01 |
0.868 |
0.0723 |
kgf.m |
980.7 |
9.807 |
100 |
1 |
86.796 |
7.233 |
Lbf.pol |
11.298 |
0.11298 |
1.152 |
0.01152 |
1 |
0.0833 |
Lbf.pé |
135.58 |
1.3558 |
13.825 |
0.13825 |
12 |
1 |
ALGARISMOS ROMANOS
Arábico |
Romano |
Arábico |
Romano |
1 |
I |
30 |
XXX |
2 |
II |
40 |
XL |
3 |
III |
50 |
L |
4 |
IV |
60 |
LX |
5 |
V |
70 |
LXX |
6 |
VI |
80 |
LXXX |
7 |
VII |
90 |
XC |
8 |
VIII |
100 |
C |
9 |
IX |
200 |
CC |
10 |
X |
300 |
CCC |
11 |
XI |
400 |
CD |
12 |
XII |
500 |
D |
13 |
XIII |
600 |
DC |
14 |
XIV |
700 |
DCC |
15 |
XV |
800 |
DCCC |
16 |
XVI |
900 |
CM |
17 |
XVII |
1.000 |
M |
18 |
XVIII |
1.900 |
MCM |
19 |
XIX |
1.950 |
MCML |
20 |
XX |
2.000 |
MM |
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Logística de distribuição de alimentos perecíveis
Genericamente os alimentos perecíveis são aqueles sensíveis a qualquer tipo de deterioração, seja biológica, física ou química e que podem ter prejudicadas as suas qualidades para comercialização e consumo se não forem devidamente acondicionados na origem, conservados, transportados, dispostos adequadamente nos pontos de venda e nos locais de utilização.
No atual contexto de competitividade dos mercados, nos quais os agentes da cadeia de abastecimento pressionam por preços e impõem pedidos (lotes) e prazos cada vez menores (just-in-time) e os exigentes consumidores cada vez menos fiéis às marcas clamam por preço, qualidade e disponibilidade, não é possível elaborar uma análise simplista sob risco de obtenção de resultados totalmente distorcidos.
Para uma análise adequada da logística de distribuição de alimentos perecíveis deveremos considerar no mínimo os seguintes aspectos:
- Visão sistêmica da logística;
- Caracterização das restrições e condições para preservação;
- Acondicionamento (embalagem e unitização);
- Armazenagem (movimentações, estocagens, transferências e transbordos); e
- Transporte.
Visão sistêmica da logística
Um equívoco muitas vezes percebido é a análise isolada de apenas um componente da logística sem levar em consideração os demais e a interdependência que há entre eles. Daí a importância da visão sistêmica da logística, quando da análise de qualquer dos seus elementos.
Logística é um processo abrangente que integra o fluxo de materiais e informações, desde a fase de projeto e planejamento de um produto, recebimento de matérias-primas e componentes, produção, armazenagem, distribuição e transporte, de forma atender às necessidades do cliente. Por sua vez, o ciclo descrito é apenas de um dos elos da cadeia de abastecimento (supply chain), de somente uma das empresas envolvidas.
Se por um lado é importante a visão sistêmica, por outro é necessário o estudo individual das características, inter-relações e custos dos elementos, os quais descreveremos sucintamente:
Logística de suprimentos - caracteriza o início de um ciclo a partir do projeto do produto e da previsão de demanda: lotes, compras, recebimento, estocagem de matérias-primas e insumos;
Logística de produção - tem início com o planejamento, programação e controle da produção (PPCP), lotes, produção, manuseio, movimentação interna e estoques em processo.
Logística de armazenagem - recebe os fluxos da produção e providencia a movimentação e estocagem de produtos acabados, unitização, processamento e expedição de pedidos.
Logística de distribuição e transporte - efetua o planejamento da distribuição (centralizada, CDs, atacadistas, varejistas, representantes, etc.), define as modalidades e rotas de transporte, sendo responsável desde a retirada dos estoques, expedição até a entrega no local designado pelo cliente.
Fluxo de informações - é fundamental na logística, contando com modernas ferramentas de TI (Tecnologia de Informação) como: ERP (software corporativo), EDI (intercâmbio eletrônico de informações), WMS (gerenciamento de armazém), código de barras, roteirizadores, rastreadores, etc.
Custo logístico - é soma dos custos de todos os elementos da cadeia logística, inclusive os relativos à administração do fluxo de informações.
Além dos custos dos elementos descritos acima, existem os custos de estocagem nos armazéns, em processo, centros de distribuição externos, em trânsito, etc., que devem ser detalhados em custos de: inventário, financeiro de estoque, seguros e segurança, equipamentos, mão-de-obra, obsolescência, etc.
Outro custo importante no contexto logístico é o relativo às vendas perdidas, devido à ruptura (descontinuidade) dos estoques e/ou baixos níveis de serviço.
A partir do exposto acima e entendendo o caráter sistêmico da logística, poderemos analisar de forma criteriosa e tangível a “logística de distribuição de alimentos perecíveis”.
Caracterização das restrições e condições para preservação
Para evitar a deterioração dos alimentos perecíveis devemos entender as restrições relativas às suas características biológicas, físicas e químicas para que possamos criar um ambiente favorável à sua preservação.
Algumas condições que devem ser avaliadas para uma adequada preservação:
- Biológica e química: contaminação, umidade, ventilação, iluminação, prazo/tempo (*1), temperatura (*2), exigências sanitárias, etc.;
- Física: acondicionamento/embalagem/unitização, armazenagem, empilhamento, manuseio (transbordo), tempo (*1), vibração, impacto, etc.;
(*1) O tempo normalmente é um fator agravante para as condições de preservação.
(*2) Normalmente a situação é mais crítica quando o alimento depende de baixas temperaturas para a sua preservação, neste caso todas as etapas da chamada “cadeia do frio” devem ser rigorosamente controladas pois qualquer alteração na qualidade do produto é acumulativa e não é recuperada.
Para um correto processo logístico de distribuição de alimentos perecíveis todas as condições citadas devem ser avaliadas para cada uma das etapas que passaremos a descrever.
Acondicionamento (embalagem e unitização)
Acondicionamento, na sua forma mais abrangente, é um item fundamental para preservação dos produtos em toda a logística de distribuição, principalmente porque normalmente é especificado em conjunto com o desenvolvimento do produto, tornando difícil qualquer adaptação durante o processo, desde o momento da embalagem, armazenagem e transporte, até o ponto de venda e utilização pelo consumidor final.
Além de ser importante para a preservação do produto é vital sob o aspecto do custo logístico, principalmente da produtividade operacional em todas as etapas da cadeia de abastecimento.
Embalagem é o envoltório para acondicionamento de um determinado produto e tem os seguintes fins:
Funções
Primária: contém o produto, pode ser a medida de produção e a unidade de comercialização no varejo;
Secundária: é o acondicionamento (bandeja, filme, etc) das embalagens primárias (dúzia, fardo, etc), normalmente utilizada para disposição no ponto de venda no varejo;
Terciária: contentores de materiais resistentes (papelão, plástico, madeira, etc) para contenção das embalagens secundárias, movimentação manual e transporte. Normalmente é a unidade de atacado;
Quaternária: unitização das embalagens terciárias (palete) para armazenagem e transporte; e
Quinto nível: para preservação especial ou envio a distância (contêineres ou embalagens especiais). É múltipla da quaternária e assim sucessivamente são múltiplas umas das outras até a primária.
Além das funções citadas acima as embalagens devem se adequar a alguns padrões, por exemplo: os contentores devem ter um desenho ergonômico e não devem pesar mais de 15kg com carga; os paletes devem seguir o padrão PBR (para o Brasil) e os contêineres o padrão ISO (universal).
No caso dos contêineres, além das suas conhecidas características dimensionais (20’ e 40’), que têm como função principal a unitização (para facilitar as operações de carregamento e descarregamento) e a preservação física da carga, existem outras menos aparentes que visam o controle da temperatura, que podem ser:
Isotérmicos: atenuam a variação rápida da temperatura interna e podem ser ventilados a partir de aberturas na parte superior e inferior, evitando o excesso de umidade e a condensação;
Refrigerados: são equipados com sistema de refrigeração (dependem de conexão elétrica externa que devem ficar ligadas em todas as etapas), e podem manter até 30C negativos.
Normalmente nos referimos aos contêineres padrão ISO para uso marítimo, ferroviário e rodoviário, porém, apesar de menos usados, existem os contêineres aéreos que também podem ser refrigerados.
Um fator importante na estufagem do contêiner é garantir a circulação de ar (frio ou natural) entre os paletes ou contentores (quando a carga é estivada).
Um caso de sucesso de integração produto e embalagem: A Cooperativa Central Mineira de Laticínios (CEMIL) realizou a primeira exportação mundial de leite líquido longa vida em embalagem Tetra Pak, que até então era somente em pó. É um fornecimento para a China de 1,5 milhão de litros por mês.
Armazenagem
O projeto e a operação de um armazém não pode restringir-se apenas a otimização do aproveitamento do espaço tridimensional (agravado pelo gasto com energia no caso de refrigeração), porem deverá conciliar todos os conceitos logísticos com as restrições e condições relacionadas à preservação de alimentos perecíveis.
Alguns fatores e atividades que devem ser considerados:
Recebimento e expedição: é nessa fase que ocorrem as transferências e transbordos, que são menos problemáticos quando o material está paletizado, porém o manuseio poderá gerar danos à embalagem e ao produto. Outro aspecto relevante são as instalações físicas pois esta área tem aberturas que podem contaminar o ambiente (sujeira e temperatura) no momento da transferência do caminhão, na conferência, quando ficam expostos e pode ocorrer algum tipo de deterioração. Para agilizar o processo devem ser utilizados sistemas de código de barras e softwares de gerenciamento de armazéns (WMS);
Estocagem: conforme já comentado acima não se deve priorizar exclusivamente o aproveitamento de espaço (densidade), devendo ser o mesmo balanceado com a seletividade (possibilidade de acesso direto) e freqüência (quantidade de vezes que o produto é acessado).
Instalações prediais e equipamentos: estes devem ser especificados de forma a otimizar os aspectos logísticos (densidade, seletividade, freqüência e custos) e os relativos à preservação do produto (temperatura, contaminação, ventilação entre os paletes, etc);
Seqüência de entradas e saídas: como foi visto acima o tempo normalmente é um fator agravante para as condições de preservação, portanto devem ser tomadas as precauções necessárias para que os produtos fiquem o menor tempo estocados. Para tal devem ser operacionalizados os conceitos de FIFO (primeiro que entra é o primeiro que saí) ou o FEFO (primeiro que expira a validade é o primeiro que sai). Para assegurar com maior acuracidade tal operação devem ser utilizados sistemas de gerenciamento de armazéns (WMS) e sistemas de código de barras.
Picking (separação de produtos para atendimento do pedido): assim como o recebimento e a expedição essa também é uma área com alta incidência de manuseio e maior probabilidade de danos à embalagem e ao produto, portanto quando possível deverá ficar segregada do estoque, tanto para otimizar as atividades logísticas quanto para garantir a preservação dos produtos. Para agilizar o processo devem ser utilizados sistemas de código de barras.
Transportes
Esta fase certamente é a mais vulnerável, principalmente porque normalmente sai do controle do embarcador, entretanto todos os esforços devem ser feitos para conciliar com as restrições e condições relacionadas à preservação de alimentos perecíveis.
Fatores e atividades que devem ser considerados:
Embarque e desembarque: tem problemas semelhantes aos apresentados na fase de recebimento e expedição, quando ocorre o transbordo, da mesma forma é menos problemático quando o material está paletizado (*), e também fica exposto à contaminação externa (sujeira e temperatura) no momento da transferência de/para o caminhão. Para atenuar o problema é necessária a existência de instalações adequadas de recebimento e expedição, e para agilizar o processo devem ser utilizadas docas niveladoras;
(*) Boa parte do investimento em unitização/paletização e equipamentos de carga e descarga serão absorvidos pela economia de manuseio e tempo de carga e descarga do veiculo de transporte.
Transporte: Como já citado esta é a fase na qual o produto está sujeito às maiores restrições quanto à manutenção das condições para preservação de produtos perecíveis, sejam elas biológicas, químicas ou físicas;
No Brasil a maioria absoluta dos alimentos perecíveis utilizam o transporte rodoviário de cargas, que apresenta um grande problema de conservação de rodovias;
Além dos problemas citados acima devemos considerar que para longas distâncias (principalmente para exportação e importação) é necessário o transporte multimodal, o qual depende de operações de transbordo, principalmente em contêineres;
Apesar das dificuldades apresentadas em relação à etapa de transporte, os equipamentos disponíveis no mercado são adequados. No caso de cargas resfriadas ou refrigeradas as condições térmicas nas carroçarias são semelhantes as dos contêineres.
Entrou em vigor em 29 de junho de 2002 a norma NBR 14701, para regulamentar o transporte de produtos alimentícios refrigerados com procedimentos e critérios de temperatura. Seu objetivo é manutenção da temperatura adequada ao longo de toda a cadeia de abastecimento, desde os armazéns frigorificados do produtor até a entrega ao varejo.
A norma abrange embalagem, unitização, movimentação, preparação de docas, uso de registradores de temperatura nos estoques e nos transportes, entre outros.
Conclusões
O que podemos depreender a partir do exposto é que para uma adequada logística de distribuição de produtos perecíveis é necessário respeitar todas as atividades, desde entender as restrições e condições para preservação, desenvolver a embalagem para atender todas as funções, armazenar e transportar adequadamente.
Com a concorrência cada vez mais acirrada e com o desenvolvimento de novos canais de distribuição, impactados principalmente pelas vendas pela Internet, com a necessidade de atender todas as características logísticas e de preservação dos produtos, será necessário reconfigurar as estratégias para satisfazer as novas exigências, sob pena de ficar fora do mercado.
2010
Antonio Carlos da Silva Rezende
Gerente da IMAM Consultoria. É autor de diversos livros e instrutor de cursos relacionados à área de logística.
www.imam.com.br
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Medidas e Conversões
Para converter |
Multiplique |
Para encontrar |
Milímetros |
0.03937 |
Polegadas |
Centímetros |
0.3937 |
Polegadas |
Metros |
3.3 |
Pés |
Metros |
1.1 |
Jardas |
Kilômetros |
0.62137 |
Milhas |
Polegadas |
2.54 |
Centímetros |
Pés |
30.48 |
Centímetros |
Pés |
0.3048 |
Metros |
Jardas |
0.9 |
Metros |
Milhas |
1.6093 |
Kilômetros |
Centímetros Quadrados |
0.16 |
Polegadas Quadradas |
Metros Quadrados |
1.2 |
Jardas |
Kilômetros Quadrados |
0.4 |
Milhas |
Hectares (10.000 m2) |
2.5 |
Acres |
Polegadas Quadradas |
6.5 |
Centímetros Quadrados |
Pés Quadrados |
0.09 |
Metros Quadrados |
Jardas Quadradas |
0.8 |
Metros Quadrados |
Milhas Quadradas |
2.6 |
Kilômetros Quadrados |
Gramas |
0.035 |
Onças |
Kilos |
2.2046 |
Libras |
Onças |
28.3495 |
Gramas |
Libras |
0.45 |
Kilos |
Litros |
0.26 |
Galões |
Metros Cúbicos |
35.314 |
Pés Cúbicos |
Metros Cúbicos |
1.3 |
Jardas Cúbicas |
Galões |
3.7853 |
Litros |
Pés Cúbicos |
0.03 |
Metros Cúbicos |
Jardas Cúbicas |
0.76 |
Metros Cúbicos |
Como calcular o preço do serviço de transporte utilizando os valores referencias das tabelas de frete, por Antonio Lauro Valdívia
Calcular o preço de um serviço de transporte não é coisa fácil, mas esta tarefa pode ser facilitada se forem usadas as planilhas com valores referenciais como as publicadas no Portal Guia do Transportador. Vejamos então como seria no exemplo a seguir.
O preço do transporte de uma carga de 110 kg, valor de R$ 580,00, com as seguintes dimensões: largura de 60 cm, por 110 cm de comprimento e 75 cm de altura. A coleta da mesma deve ser agendada e a entrega é em local com restrição ao tráfego de caminhões que está há uma distância de 785 km da origem.
Neste caso o preço é composto a princípio pelos componentes tarifários:
Frete peso
Despacho
Frete valor
Antes de prosseguir com o cálculo é necessário calcular o volume da carga e verificar se é necessário fazer a cubagem da mesma:
Volume = [Comprimento] x [Largura] x [Altura] = [1,10 x 0,60 x 0,75] = 0,495 m3
Peso “cubado” = 0,495 x 300 = 148,5 kg
Neste caso o certo é usar o peso indicado pela cubagem da carga igual a 148,5 kg.
Feitos os devidos ajustes no peso, pode-se verificar o valor do frete peso indicado na tabela e os demais valores.
Frete peso
Valor = R$ 81,96 (linha 751 x 800 km, coluna 101 a 150 kg)
Despacho
Valor = R$ 26,38
Frete valor
Valor = [valor da carga] x [percentual frete valor]
[percentual frete valor] = 0,60% (linha 751 x 800 km)
Valor = R$ 580,00 x 0,60%
Valor = R$ 3,48
Gerenciamento de Risco – GRIS
GRIS = [valor da carga] x [percentual de GRIS]
Valor = R$ 580,00 x 0,30%
Valor = R$ 1,74
Sub-total = [frete peso] + [Despacho] + [frete valor] + [GRIS]
Sub-total = R$ 113,56
Alem dos componentes tarifários devem ser cobradas, sempre que a operação exigir, as generalidades. Que no exemplo compreendem a TRT – Taxa de Restrição ao Tráfego cujo valor é de 15% sobre o valor do frete peso, ou seja:
TRT = [frete peso + despacho + frete valor] x [percentual de TRT]
TRT = 113,56 x 15% = 17,03
Entretanto, neste caso, é importante notar que o valor parcial do frete é superior a R$ 80,00, não implicando na cobrança do valor mínimo de R$ 12,00. Observar os valores mínimos de cada cobrança é fundamental para que a rentabilidade do negócio seja mantida.
Neste exemplo, há também a solicitação de um serviço adicional, ou seja, o agendamento da coleta, assim, a cobrança deve ser feita com base no percentual de 20% sobre o sub-total calculado.
Agendamento = [frete-peso + despacho + frete-valor] x [percentual de Agendamento]
Agendamento = 113,56 x 20%
Agendamento = R$ 22,71
Conclusão o valor que deve ser cobrado por este serviço é composto de seis parcelas, sendo: 3 componentes tarifários, 2 generalidades e 1 serviço adicional:
Frete peso = R$ 81,96
Despacho = R$ 26,38
Frete valor = R$ 3,48
GRIS = R$ 1,74
TRT = R$ 17,03
Agendamento = R$ 22,71
A somatória é igual ao preço total do serviço, que neste caso resultou em R$ 153,31. Lembrando que para se chegar ao preço, devem ser acrescentados, ao valor calculado, os impostos incidentes e a margem de lucro almejada.